Um dos trabalhos que fazemos é traçar (e executar) planos de acessibilidade para eventos culturais, oferecendo recursos que os diversos públicos precisam para acessar e fruir, como intérpretes de Libras, pranchas de comunicação ou audiodescrição.

​

A audiodescrição é um recurso que, no Coletivo, está em constante pesquisa e criação. Vimos fazendo audiodescrições de espetáculos desde 2018, buscando maneiras de aproximar a linguagem da descrição à linguagem artística, na pesquisa de uma tradução que respeite os princípios da audiodescrição empoderativa - como a neutralidade e a consistência tradutória - mas que ao mesmo tempo use elementos que possam conduzir o usuário a um mergulho no campo do sensível. Aos poucos, temos desenvolvido um estilo próprio, praticando o que temos chamado de Audiotransmissão, onde utilizamos a estética do rádio como proposta sonora durante a transmissão da audiodescrição e das notas proêmias, fazendo uso de sons, músicas, paisagens sonoras, vinhetas, auto-descrição dos artistas em cena, do criador falando sobre a obra, entre outros conteúdos.

 

Essa prática - que já foge do campo da audiodescrição ‘pura’ - nos levou a pensar em intervenções que se espalhassem para além do tempo do espetáculo. E então, a cada experiência de Audiotransmissão, instauramos previamente uma Zona de Transmissão e disponibilizamos aos ouvintes interessados, via FM e com radinhos de pilha, conteúdos relacionados ao espetáculo em questão e outros conteúdos sonoros produzidos pelo Coletivo.